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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

“Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também!” No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos a geração “Tribalista” se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigos mais próximo e reclamam de solidã…


 
o, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só pra dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter “alguém para amar” Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento.”

[Descompromissos - Arnaldo Jabor]

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